AS VEZES PERGUNTAM-ME PORQUE INVISTO TANTO TEMPO E DINHEIRO FALANDO DE AMABILIDADE PARA COM OS ANIMAIS, QUANDO EXISTE TANTA CRUELDADE ENTRE OS HOMENS...AO QUE EU RESPONDO : ESTOU A TRABALHAR NAS RAÍZES ! (GEORGE T. ANGELL)

quarta-feira, 30 de março de 2011

PAZ VERDADEIRA DENTRO DO PEITO

A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silencio, e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.

Todavia, o tempo vai mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.

A paz está no dinamismo da vida, do trabalho, na esperança, na confiança, na fé...

Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou pelo menos, tentou...

Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.

Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.

Ter paz é ter um coração que ama, é admitir a própria imperfeição, é reconhecer os medos, as fraquezas, as carencias...

Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.

Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas águas se espreguiçam...

Ter paz é dizer não quando não se quer dizer, mas é preciso... é ter coragem de chorar ou sorrir quando se tem vontade... É ter fôrças  para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...

A paz que trago hoje em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições. É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender com os próprios erros e até com os insetos... É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.

É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter a lucidez para distinguir uma coisa da outra. É admitir que nem sempre tenho razão e mesmo que tenha, não brigar por ela.

A paz que hoje trago em meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo.
A certeza da vida futura  e a convicção de que receberei das leis soberanas da vida o que a elas tiver oferecido.


(Marcelo Celente)

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