AS VEZES PERGUNTAM-ME PORQUE INVISTO TANTO TEMPO E DINHEIRO FALANDO DE AMABILIDADE PARA COM OS ANIMAIS, QUANDO EXISTE TANTA CRUELDADE ENTRE OS HOMENS...AO QUE EU RESPONDO : ESTOU A TRABALHAR NAS RAÍZES ! (GEORGE T. ANGELL)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MAIS UM GRANDE HOMEM - "SOCRATES"

Alguns séculos antes de  Cristo, vivia em Atenas, o Grande Filósofo Socrates.
A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.
Aos setenta e poucos anos foi Sócrates condenado á morte, embora inocente.
Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para o preservar da morte.
O filósofo, porém não moveu um dedo para esse fim, com perfeita tranquilidade e paz de espírito, aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.
Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde aquela época já existia essa prática), que abriu a porta da prisão.
Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre :
- Foge depressa Sócrates !
- Fugir, porque ? perguntou o preso.
- Ora não sabes que amanhã vão te matar ?
- Matar-me ? a mim ? ninguém me pode matar !
- Sim amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal, insistiu  Críton.
- Vamos mestre, foge depressa, para escapares á morte !
- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim...
Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou :
- Críton , achas que isto é Sócrates ? E batendo com o punho no osso do crânio acrescentou :
- Achas que isto aqui é Sócrates ?...pois é isto que eles vão matar, este invólucro material, mas não a mim.
Eu sou a minha alma. Ninguem pode matar Sócrates...!
E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto Críton se retirava chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.
No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços :
- Sócrates, onde queres que te enterremos ?
Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou :
- Já te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates...quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes.
Não sou eu...Eu sou minha alma...
E assim expirou esse homem que tinha descoberto o segredo da  felicidade que nem a morte lhe pôde roubar.
Conhecia-se a sí mesmo, o seu verdadeiro  Eu  Divino.... Eterno. Imortal....

E assim somos todos nós " Seres Imortais", pois somos  Alma, Luz, Divinos, Eternos...
Nós só  morremos quando somos simplesmente esquecidos...

Texto : Sócrates - Imortalidade da Alma
Autor : Uberto Rhodes

(Sócrates dizia : "Na verdade, não é outra coisa o que faço nestas minhas andanças a não ser persuadir a vós, jovens e velhos, de que não deveis cuidar só do corpo, nem exclusivamente das riquezas e nem de qualquer outra coisa antes e mais fortemente que da alma, de modo que ela se aperfeiçoe sempre , pois não é do acúmulo de riquezas que nasce a virtude, mas do aperfeiçoamento da alma é que nascem as riquezas e tudo o que mais importa ao homem.")

E ainda assim foi acusado de "impiedade"...foi acusado de "ateismo" mais o egoísmo de pessoas atingidas pelas palavras verdadeiras...estas foram as razões que lhe custaram a vida. Aliás  não é de se estranhar...
 isso sempre acontece...não é verdade ?

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