Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas... (eu sou uma delas).
Acham que tem compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno. Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.
Viver com simplicidade é uma opção que se faz. Muitas das coisas consideradas imprescindíveis á vida na realidade são totalmente supérfluas. E enquanto buscam coisas, as pessoas se esquecem da vida em si.
Deixam de fazer o que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs.
Se a gente não tomar cuidado, ter e parecer, podem tomar o lugar do Ser.
Ninguém precisa trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana. É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.
O simples é aquele que não simula ser o que não é...que não dá demasiada importância a sua imagem... ao que os outros dizem ou pensam dele. A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções. Ela apenas experiencia a alegria de ser.
Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. Mas uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer...A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial : uma conversa interessante, olhas as estrelas, andar de mãos dadas, observar uma flor, tomar um sorvete, brincar com o cachorro, jogar bola com seu filho...tudo isso compõe a simplicidade do existir.
Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz. Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta. Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso...é bom trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se. Progredir sempre é uma necessidade humana, mas isso não implica viver angustiado e sem tempo para nada, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades. Se o preço do sucesso fôr ausencia de paz, talvez ele não valha tanto á pena... As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.
Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam... as amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.
Preste atenção em como voce gasta seu tempo, analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência. Experimente desapegar-se dos excessos. Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.
Pense nisso com carinho e tenha um início e fim de ano muito feliz pra voce e a todos os seus. E que possamos aprender a repartir essa felicidade e muita paz entre todos os seres do nosso planeta.
(Texto ( adaptado) da Redação do Momento Espírita)
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