Há bastante tempo queria trazer uma parte de uma mensagem do Mestre Kuthumi, onde conta uma parte de sua vida. Está no Livro: OS SETE MESTRES Suas Origens e Crenças, canalisado por Maria Silvia P. Orlovas. Editora Madras, 6ª Edição, pgs. 105 e 106.
A VIDA DO Mestre Kuthumi
“Eu nasci com o dom de ver....”
E na solidão, de minha vida, eu perguntava:
Deus da minha alma, por que me faz isso?
Por que me faz ver o mundo tão feio?
Por que não sou como os outros?
Por que me abres essas portas, que não sei fechar?
Por que me deixas sofrer tanto, se vos amo, do fundo da minha alma?
E um dia, na mais absoluta solidão – eu já não tinha mais vontade de de alimentar nem de chorar, e nem fé no Altíssimo eu tinha mais – e nesse momento aproximou-se de mim um cão vadio. E esse animal era só Luz. Ele não tinha nenhuma treva, nenhuma escuridão. Ele era Infinita Luz. E sentou-se ao meu lado sem nada pedir, sem olhar minhas vestes. Vestes de um nobre, nem os olhos tristes de quem vê aquilo que não deve ver. Senti vir dele a chama mais calorosa e permeada de amor que nenhuma mulher, nem um amigo, e nem sequer o colo de minha mãe tinham me oferecido.
E, assim, abri os meus braços e senti uma gota de liberdade e de esperança brotarem dentro de mim.
E eu disse:
Pai, és, então um cão?
Pai, estas, então, nos animais?
E neste momento aproximaram-se de mim aqueles pássaros que chegam nos campos para comer os restos de grãos, e formaram um grande círculo à minha volta. E eu vi luz. E eu vi glória. E eu vi verdade. E eu vi amor.
Foi esta forma que o Divino me tocou e me disse da sua existência.
E eu não tive mãos humanas capazes de me amar, eu tive a presença de todos aqueles que não precisavam de vestes, de roupas, de luxo, de belezas temporais e de falsos humores. Eu fui amado.... Muito mais do que eu tive a capacidade de amar.
E os que me viram antes chorar passaram a me ver sorrindo.
E os que me viram antes sofrer passaram a me ver cheio de alegrias.
Passei a alimentar os animais, e me despi de tudo: das minhas vestes, dos meus enganos, dos meus luxos... De todos os excessos... E eu me vesti de luz. Dessa mesma luz que eu tinha tanto medo de fazer brilhar no meu coração. Porque eu não tinha encontrado até então ninguém igual a mim.
Eu vi a minha igualdade nos pássaros, nos bichos, nos campos de trigo, na terra fertilizando.
E eu disse, então:
Pai, você existe! Eu amo a tua beleza. Eu amo aquilo que eu não compreendo. Eu amo as lições que me ensinas, e o sofrimento que me promoves.
E assim eu me tornei quem sou: O Protetor dos Animais.
(Em uma das encarnações Kuthumi foi São Francisco de Assis) [/]
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