Não tente me educar com pancadas, pois embora eu possa lamber-lhe as mãos entre um golpe e outro, a sua paciência e compreensão ensinar-me-ão mais rapidamente as coisas que espera que eu aprenda.
Fale-me muito, pois tua voz é a doce música do meu mundo, como pode perceber pelos
ardentes sacolejos de minha cauda
quando ouço os seus passos.
Quando o tempo está frio e chuvoso, conserve-me dentro de casa, pois sou um animal doméstico,
sem preparo para enfrentar as intempéries
do tempo, e a minha maior glória será o privilégio de sentar-me a seus pés.
Conserve minha vasilha com água fresca,
pois além de não poder reclamar
quando ela está seca também não posso dizer-lhe quando estou com sede.
E quando eu estiver bem velho, se o todo PODEROSO me privar de saúde e da visão, por favor não me vire as costas...
Faça-me o bem de deixar que a minha vida de dedicação e fidelidade possa se extinguir suavemente e eu farei sentir com o meu último alento que sempre me senti seguro em suas mãos.
Amém.
(Desconheço o autor)
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